Mitologia Não é Lenda: O Poder Simbólico dos Mitos na Formação da Alma

🦉 CFEC - Edição #025

Num tempo em que tudo é rotulado como “ficção” ou “ciência”, os mitos foram relegados à estante do folclore ou da fantasia.

Ao afirmar que mitologia não é lenda, não é apenas uma defesa da tradição antiga, mas uma convocação à restauração de algo essencial: a linguagem arquetípica da alma.

Os antigos não transmitiam mitos para entreter.

Contavam-nos como quem entrega um mapa da condição humana, onde os deuses, monstros e heróis não são personagens irreais, mas reflexos da interioridade e da ordem do cosmos.

  • A alma que contempla o mito não está diante de uma mera fábula, mas dentro de um espelho. Um espelho que revela o que somos, o que tememos e o que somos chamados a ser.

Quando dizemos que mitologia não é lenda, estamos dizendo que o símbolo ainda respira.

Que há sabedoria nos gestos de Antigona, nos trabalhos de Hércules, nas lágrimas de Ísis. Eles nos falam de coragem, sacrifício, dilema e transcendência com mais força do que qualquer tratado técnico.

Desprezar os mitos é aceitar viver sem raízes, sem sentido, sem profundidade. O mito educa mais que o manual, forma mais que a doutrina, desperta mais que o argumento. Pois onde a razão delimita, o mito revela.

Redescobrir os mitos é reencontrar o caminho da alma. Não um caminho externo, mas uma via interior. O retorno ao símbolo é o início de uma nova escuta, aquela que ouve o invisível.

Eis a tarefa: reabilitar os mitos como mestres da imaginação moral e arquitetos do espírito filosófico. Continue lendo.

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